sexta-feira, 11 de julho de 2014

[RESENHA] "A SELEÇÃO", DE KIERA CASS

Nome: A Seleção
Série: A Seleção #01
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Onde comprar: Buscapé
Para trinta e cinco garotas, A Seleção é a chance de uma vida. É a oportunidade de ser alçada a um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Para America Singer, no entanto, estar entre as selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás o rapaz que ama, abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer e viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.

Então America conhece pessoalmente o príncipe e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que nunca tinha ousado imaginar.

Resenhas | Série “A Seleção”


   


A história se passa em Illéa, um jovem país monarca localizado no lugar que um dia foi os EUA e onde a sociedade é dívida em oito castas que definem a posição social e a profissão das pessoas. A casta número um representa a realeza, enquanto a casta oito são os miseráveis, mendigos e criminosos.

O Príncipe de Illéa, Maxon, chegou a maioridade e seguindo a tradição ele agora deverá escolher uma esposa entre trinta e cinco garotas de diferentes partes de Illéa que se inscreveram e foram selecionadas para disputar o coração do príncipe.

O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista America Singer que é da casta cinco, a casta dos artistas e músicos. America faz parte de uma família pobre, então quando ela recebe uma carta informando sobre a seleção, sua mãe fica logo animada diante da oportunidade de tentar uma vida melhor.

O problema é que America namora secretamente Aspen, um relacionado proibido por ele ser parte da casta seis. Não é que seja proibido por lei, mas esse é um romance que a mãe dela jamais aprovaria. Na sociedade em geral não é aconselhável uma garota se casar com alguém de uma casta inferior, pois muito provavelmente ela acabaria rebaixada para a mesma casta do companheiro.

Entre um acontecimento e outro, America acaba dentre as trinta e cinco selecionadas que disputam para se tornar a esposa do príncipe Maxon - que é beeeem diferente da pessoa que ela imaginava. Com seu jeito carinhoso, atencioso e vários adjetivos similares, Maxon conquista um espaço no coração de America que agora se vê envolvida em um triângulo amoroso, tendo que tomar a difícil decisão: Aspen ou Maxon?

"A Seleção" é um livro que eu devorei em algumas horas e isso não é surpreendente. É uma leitura deliciosa, tem uma narrativa envolvente que te prende e quando você menos espera lá se foi as trezentas e poucas páginas do livro.

Com os personagens eu tive momentos de amor e ódio. A autora soube explorá-los muito bem. Nota-se o perfil das garotas selecionadas (pelo menos as mais relevantes) e os relacionamentos do triângulo protagonista com as pessoas que os cercam; a relação da America com sua família, Aspen como o homem da casa tendo esse instinto protetor com a mãe e as irmãs e Maxon que, mesmo sendo o príncipe e futuro rei, ainda tem tantos problemas e conflitos quanto America e Aspen.

A America é uma garota impulsiva e teimosa, o que me irritou um pouco ao longo da leitura. Algumas vezes seu comportamento me lembrou duma garota mimada que acaba fazendo algumas idiotices caso não obtenha o que quer. No caso da America, quando as coisas não saem do jeito que ela quer e é claro que ela terminava por se arrepender das besteiras feitas sem pensar, quando estava com a cabeça quente.
"Maxon e eu nutríamos algum sentimento mútuo. Mas eu não conseguia ficar preocupada. Estava zangada com o príncipe, e Aspen era tão reconfortante. Só fiquei ali e deixei as mãos dele subirem e descerem pelas minhas pernas."
"Não pude mais conter as lágrimas. Pensei em Aspen e nos meus atos. Senti-me tão envergonhada.
— Maxon... — solucei. — Será que um dia você vai me perdoar..."
Apesar de ser distópico, esse livro - diferente de vários outros desse mesmo gênero - foca mais no romance, o que não é nem um pouco ruim. Ao longo da história a autora Kiera Cass vai dando mais espaço para a política de Illéa e para os rebeldes, que descobrimos ser divididos em dois grupos: dos sulistas – que é mais violento – e dos nortistas – que só invadem o palácio para fazer baderna. É um pontapé inicial para temas que serão mais abordados nas continuações, assim como alguns outros pontos que ficaram soltos e que eu espero que acabem por ser resolvidos até o fim da série.

Um comentário:

  1. Adorei a resenha, estava querendo ler esse livro a um bom tempo, e depois da sua resenha vou te-lo o mais rápido possível!
    Beijos

    http://primaveraagridoce.blogspot.com.br/

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