domingo, 13 de julho de 2014

[RESENHA] "A ELITE", DE KIERA CASS

Livro: A Elite
Série: A Seleção #02
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Onde comprar: Buscapé
A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa.

Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.

America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.

Resenhas | Série “A Seleção”


   


A disputa para conquistar o príncipe Maxon continua, mas das trinta e cinco garotas restam apenas seis, sendo assim a seleção chega a sua segunda fase que - obviamente - leva o nome de “Elite”.

A questão do triângulo amoroso continua de pé, mas eu não me lembro de ler um livro em que esse conflito para escolher entre dois amores tenha me irritado tanto e me deixado tão entediada, é muito mimimi para uma só pessoa.

A situação dos três é a seguinte: Aspen continua a espreita, insistente. Ele não quer desistir de jeito nenhum, mas bem quando ele parece desanimar a safada America volta para dar falsas esperanças para o coitado. Nos momentos em que ele apareceu eu só consegui ficar com pena do rapaz.
"[...] Se não estamos juntos, você não pode me proibir de falar com ninguém.
Fiz uma careta de raiva. — Você sabe que não é assim.

— Como é, então? — ele sussurrou. — Quando penso em você, nunca sei se devo insistir ou deixar pra lá — depois balançou a cabeça. — Não quero desistir, mas se posso ter esperanças, me diga."
Maxon deixou bem claro desde o primeiro livro que America é sua preferida, o grande problema é mesmo a indecisão dela, caso contrário ele já teria encerrado essa coisa toda da seleção. Mas ele não pode esperar por ela a vida toda, Illéa o pressiona para escolher uma princesa, então o vemos dar mais oportunidades as outras cinco garotas. Ele acaba se afastando mais de America e a indecisão dela o empurra para outra candidata que passa a ficar quase que no páreo da protagonista quando se trata dos sentimentos do príncipe. Ele continua um fofo, ainda dizendo coisas que fazem meu coração derreter maravilhosas para America e tendo outras atitudes que me deixaram pensando: “mas que idiota”.
"Até aquele momento, eu tentava me convencer de que tudo que tinha visto entre Maxon e Kriss era minha imaginação, mas agora eu tinha certeza. Ele gostava dela. Talvez tanto quanto gostava de mim."
Temos uma America ainda bastante indecisa e imprudente, deixando por vezes demais seu lado impulsivo assumir o controle e ai ela acaba fazendo algumas merdas que quase custam sua vaga na elite.

E quando ela finalmente parece se decidir uma coisa surpreendente – que me deixou com o coração apertado – acontece, não vou dizer o que é para não dar spoiler, mas posso dizer que quando li na sinopse sobre uma reviravolta surpreendente, eu nunca imaginei algo assim. Apesar de haver momentos mais egoístas da personagem, vemos também ela olhar para além da seleção e aí é que entra a parte da política.

Se você vive na miséria sem nenhuma ajuda do governo, então já tem uma ideia de que ele não está exatamente preocupado com você. Estar dentro o palácio permitiu a America ter uma visão mais abrangente da situação do país que vive sob a liderança de um rei tirano e de constantes ataques rebeldes, de quem temos mais informações.

Ela passa a questionar as intenções do Rei e os modos de viver que ele impõe ao povo. Há momentos em que ela se deixa duvidar até mesmo do real caráter de Maxon e do quão importante o povo de Illéa é para ele.
"Quão ingênua eu estava sendo? Quando pensava que havia uma opção melhor que eu para o cargo de princesa, imaginava Kriss. Ela era amável e paciente e mais um milhão de coisas que eu não era. Mas não a via ao lado deste Maxon. Para o homem que haveria de seguir as pegadas de Gregory Illéa, a única mulher era Celeste. Ninguém mais teria tanto prazer em manter o país a seus pés."
Quanto aos rebeldes, sabemos um pouco mais sobre seus objetivos. Os rebeldes do sul estão mais determinados do que nunca a tomar o poder e se não conseguem afetar aqueles que vivem no palácio, tomam uma decisão preocupante: eles passam a atacar diretamente as famílias das garotas da elite.

Voltando para a senhorita America Singer, seus momentos mais egoístas estão em maior parte relacionados à questão do triângulo amoroso, fora disso ela é uma garota forte e determinada que não pensa duas vezes antes de ajudar pessoas queridas e também menos favorecidas (como suas criadas). Olhando para essa sua qualidade pode-se dizer que ela é sim uma boa candidata a princesa, só é preciso mostrar isso ao povo de Illéa, pois por ser uma garota mais reservada, em vez de se mostrar séria quando ela tem a atenção do país, o que ela faz é tentar ser engraçada e desviar um pouco o foco de si própria.
"O desempenho da senhorita Singer na Seleção tem sido razoável. Ela é suficientemente bela, mas não é bem o que Illéa espera de sua nova princesa. De vez em quando, suas entrevistas no Jornal Oficial de Illéa são divertidas, mas precisamos de uma nova líder, não de uma comediante."
O livro é tem uma narrativa que flui muito bem, o que o torna a leitura gostosa. A história tem bons avanços e o final me deixou ansiosa para ler o terceiro e último livro da série “A Escolha. Várias lacunas precisam ser preenchidas: Como ajudar Illéa? Como lidar com o Rei? E os rebeldes? E qual vai ser o fim do triângulo amoroso da série? A America parece ter acordado para a competição, quero ver o que ela fará em relação a sua maior concorrente e também em relação ao Rei que deixou bem explícita sua opinião negativa sobre ela. Muitas e muitas perguntas precisam ser respondidas!!
"[...] Maxon é importante para mim e vou lutar por ele.
— Isso é tão romântico! — gritou Mary, ao passo que Lucy começou a bater palmas.
— Calma, calma! — Anne falou, com um tom severo. Pensei que ela ficaria animada e não entendi sua seriedade repentina. — Se ela quer ganhar, precisamos de um plano.
Ela tinha um sorriso diabólico nos lábios, e eu a imitei."

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