domingo, 4 de dezembro de 2016

[RESENHA] "O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA NOSSA VIDA", DE KATE EBERLEN

Nome: O Primeiro Dia Do Resto da Nossa Vida
Autora: Kate Eberlen
Editora: Arqueiro
Onde ComprarBuscapé

Livro enviado como cortesia pela Editora Arqueiro

Tess e Gus foram feitos um para o outro. Só que eles não se encontraram ainda.

E pode ser que nunca se encontrem... Tess sonha em ir para a universidade. Gus mal pode esperar para fugir do controle da família e descobrir sozinho o que realmente quer ser. Por um dia, nas férias, os caminhos desses dois jovens de 18 anos se cruzam antes que os dois retornem para casa e vejam que a vida nem sempre acontece como o planejado.

Ao longo dos dezesseis anos seguintes, traçando rumos diferentes, cada um vai descobrir os prazeres da juventude, enfrentar problemas familiares e encarar as dificuldades da vida adulta. Separados pela distância e pelo destino, tudo indica que é impossível que um dia eles se conheçam de verdade... ou será que não?

O primeiro dia do resto da nossa vida narra duas trajetórias que se entrelaçam sem de fato se tocarem, fazendo o leitor se divertir, se emocionar e torcer o tempo todo por um encontro que pode nunca acontecer.

Sabe quando você esbarra em alguém na rua e fica com aquela vontade de estender aquele contato? Quando você encontra um desconhecido e sente algo? Já parou para imaginar que esse encontro pode estar pré-destinado a acontecer? Ou que ele pode mudar sua vida completamente? Com certeza, Tess não pensava nisso. Quando escapou de seu acampamento bem cedo para se despedir da viagem mais perfeita que já tinha feito, ela só pensava que um dia precisava voltar à Florença.
"Tess
Dali do acampamento, a vista de Florença, repleta de abóbadas em terracota e torres de marfim branco que brilhavam contra o céu azul límpido, era tão perfeita que tive uma estranha sensação de melancolia, como se eu já tivesse saudade de tudo aquilo."
Gus também não imaginava que um encontro pudesse alterar o curso de sua vida, ainda mais com tanta coisa acontecendo em sua vida. Mas sabia que Florença estaria marcada para sempre em sua mente, e que um dia ele certamente retornaria ali. Quando os dois se encontram na abadia da igreja San Miniato Al Monte, a beleza do local os distrai e nem uma troca de olhares acontece.

Ao retornarem para casa, a vida de ambos muda drasticamente. Mas as férias em Viena quando tinham 18 anos permanecia na memória a promessa de um dia voltar lá mesmo após 13 anos não havia sido esquecida. Será que finalmente o caminho de Tess e Gus irão se cruzar?
" Gus
Quando saio da cozinha de novo, a maioria dos hóspedes já deixou o refeitório para tomar um café no pequeno bar à sombra do outro lado do terreno, mas meu coração palpita quando vejo o chapéu ainda sentado ali, sozinho, escrevendo em um caderno.
Por que você simplesmente não se arrisca?"
Primeiro vocês precisam saber algo para não caírem no engano que eu caí; o livro é contado por Tess e Gus ( o que eu achei maravilhoso, pois ajuda a entender os acontecimentos e a juntar algumas "peças" da história deles.) e acompanhamos os 13 anos desde que ambos retornaram de Florença. O meu engano era imaginar que eles simplesmente fariam um breve relato sobre os anos que passaram, e começar a história a partir do momento presente. Isso me decepcionou e exasperou um pouco, porque eu queria saber do atual, não do passado.

A autora conseguiu construir duas realidades paralelas para Gus e Tess, nos fazendo, a cada virada de página, experimentar aquilo que os protagonistas viviam. A leitura é muito fluída e os personagens são cativantes, mas o enredo poderia ter sido melhor explorado (na minha singela opinião). Eu realmente não consigo gostar de livros dramáticos, que fazem da existência dos nossos personagens um sofrimento tão bem planejado que não passa sensação de realidade. 
"Tess
Era um daqueles dias de janeiro com sol quase ofuscante e um vento gelado cortante. Talvez fosse por isso que meus olhos estavam lacrimejando enquanto eu descia até a orla, porque não havia motivo nenhum para chorar. Eu estava, para dizer a verdade, bastante aliviada porque, de repente, pareceu possível que Hope encontrasse seu rumo na vida. Não era ótimo que ela tivesse encontrado um lugar? Não havia nada que eu quisesse mais do que a independência dela.

Às vezes a felicidade também nos faz chorar, não faz?"
Nas primeiras páginas eu fiquei encantada, no meio do livro eu estava cansada mas não conseguia parar de ler; o final deu um alento ao coração e mente, mas abalou meu emocional. Ao meu ver os acontecimentos na vida dos dois que os direcionaram até o reencontro foram exagerados demais, mas ás vezes a vida é assim não é? Nem tudo são flores. Não vou dizer que não gostei, mas digo que não achei um livro fantástico. Se esse é seu gênero literário, eu tenho CERTEZA que vai amar. Mas não é realmente o meu; eu esperava algo do livro que não correspondeu em nada com o que eu encontrei.



Clique aqui e leia um trecho do livro, disponibilizado no site da Arqueiro.


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