domingo, 13 de dezembro de 2015

[RESENHA] "ELO", DE IMOGEN HOWSON

Nome: Elo
Autora: Imogen Howson
Série: Elo #01
Editora: Farol Literário
Onde comprar: Buscapé

Livro enviado como cortesia pela Farol Literário
Elissa costumava ter tudo: a atenção de todos, popularidade e um futuro promissor. Mas os três últimos anos fizeram sua vida mudar radicalmente: ela vem lutando contra terríveis visões, dores-fantasma e misteriosos hematomas que aparecem do nada.

Depois de muitas idas e vindas a especialistas, surge uma promessa de cura, uma cirurgia para apagar a parte superativa do seu cérebro, que provoca tais alucinações.

Às vésperas da operação, no entanto, Elissa faz uma descoberta chocante por trás daquelas visões: ela enxerga o mundo pelos olhos de outra garota.


Em “Elo” Imogen Howson nos leva a Secoia, um planeta onde a vida da população é controlada rigidamente. Esse é um mundo que já enfrentou vários problemas, como a superpopulação e escassez de recursos naturais, mas que conseguiu se reerguer e criar uma civilização próxima da perfeição.

É nesse planeta que vive Elissa, uma jovem de dezesseis anos atormentada por pesadelos constantes e dores intensas de origem desconhecidas, que acabam por causar vários machucados em seu corpo. Ela já procurou a ajuda de vários médicos desde os seus treze anos, quando tudo começou, mas nenhum deles conseguiu encontrar a solução para o seu problema.

Quando um especialista finalmente sugere uma cirurgia cerebral com a garantia de que Elissa ficará melhor, ela também descobre, por si mesma, a causa de seus problemas: ela possui um elo com uma garota que está presa em uma instituição secreta do governo, vítima de pesquisas científicas sinistras. Esse elo permite que Elissa tenha vislumbres da vida da outra menina, mas também faz com que ela sinta as dores e os machucados.

A outra garota, Lea, é uma estepe, ou seja, uma entidade não humana de origem humana. Ela nada mais é do que a irmã gêmea de Elissa, uma adolescente entregue ao governo pelos próprios pais assim que nasceu. 
“Era muito mais comum milhares de anos atrás. Tinham um nome só para isso. As crianças eram chamadas de ‘gêmeos’: significa duplos, sósias. Desapareceu durante... Ah, uma eternidade, até que, há uns trinta anos ou quarenta anos, ressurgiu como uma espécie de mutação espontânea. Mas o segundo feto não é humano. É... – Ela piscou os olhos. – Sou... só uma réplica.”
Ao descobrir sobre a irmã, Elissa se recusa a fazer a cirurgia que destruiria o elo e todas as lembranças em relação a esse assunto. Ela se rebela contra o governo e os pais e foge junto a irmã na esperança de encontrar algum lugar onde possam ficar em segurança. Mas onde se esconder quando se vive em um planeta repleto de câmeras vigias e outras tecnologias potentes, em meio a habitantes mais do que dispostos a entregar foragidos afim de manter a paz tão duramente conquistada?

“Elo” mistura distopia e ficção científica e apresenta uma tecnologia muito avançada, com direto a carros voadores e diversos planetas colonizados. Os detalhes da cidade e objetos futurísticos me deixavam meio perdida, mas não atrapalhou no entendimento da história. Elissa e Lea se deparam com vários problemas e, enquanto tentam aprender a confiar e lidar uma com a outra, elas acabam traídas por pessoas que deveriam amá-las e encontrando ajuda em quem menos se espera.
“As vezes, descobrir que se pode confiar em alguém é tão devastador quando descobrir que não se pode.”
A narrativa é emocionante e viciante. Há uma razão para o porquê do governo querer pegar um dos fetos em casos de gêmeos e também querer evitar a qualquer custo que isso venha à tona para todo o sistema solar – isso ai, todos os planetas colonizados ficam em contato -, mas não vou dizer para não dar spoiler. A ação e tensão está presente durante todo o livro, com as incansáveis perseguições que as garotas sofrem e ainda tem uma pitada de romance, que fica por conta de Elissa e Cadan, o egocêntrico melhor amigo de seu irmão e o cara que acaba por surpreendê-la com suas atitudes corajosas.

A história é bem trabalhada, assim como os personagens, pelos menos os que estão mais presentes na narrativa, são bem construídos. É perceptível a evolução deles do começo para o fim, o amadurecimento de cada um diante das dificuldades que eles são obrigados a enfrentar. “Elo” me surpreendeu de um jeito positivo, eu não esperava tanto e acabei me deparando com uma leitura gostosa e envolvente, uma que com certeza vale o seu tempo. Eu recomendo para as leituras dessas férias, tão esperadas por nós leitores.

A Farol Literário disponibilizou um trecho do livro, que você pode ler abaixo:






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